A maioria das pessoas reage com uma compreensível careta quando digo que AMO o FUNK.
Percebo, sempre, que isso ocorre por pura ignorância dos meus interlocutores - ignorância no sentido de "desconhecimento", "desinformação", e não de "burrice", que fique claro.
Na década de 1990, criou-se um rótulo errôneo, no consciente popular, de que FUNK é o ritmo que, na verdade, chama-se "miami bass".
Trata-se do que prefiro chamar de "funk carioca" - que, apesar de herdar influências do verdadeiro funk de raiz, não é o FUNK que eu aprecio.
O miami bass, como diz o nome, surgiu em Miami (EUA), tendo o grupo 2 Live Crew como um de seus principais expoentes.
Nada tenho contra o ritmo, que, aliás, se tornou uma febre nas periferias de todo o Brasil, mas sim contra suas letras pornográficas e machistas, que não transmitem nenhum conteúdo proveitoso.
Muito pelo contrário, acredito que tais canções ajudam a manter a alienação popular, bem como os axés mais toscos e apelativos.
Quero aqui apresentar o vídeo da música "Vâmo funká", do grupo R.A.T.E.I.O., que conta com a participação de Nelson Triunfo. Apesar de terem sido gravados com poucos recursos, a canção e o vídeo são bem criativos - e transmitem, em seu ritmo, a sonoridade do VERDADEIRO FUNK! Vejamos o vídeo:
=> Aviso aos desinformados que queiram referências do verdadeiro funk: ouçam James Brown, Funkadelic, Parliament, The Meters, Bootsy Collins, Con Funk Shun, e por aí vai. No Brasil, os maiores expoentes foram Tim Maia (principalmente na fase "racional"), Gérson King Combo, Tony Tornado e Banda Black Rio.
*** E por favor: nunca (JA-MAIS!) chamem o miami bass de FUNK quando estiverem perto de mim!
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