Domingo 24, véspera de feriado (aniversário de São Paulo).
Nem a chuva, que se tornou uma triste rotina diária na maior cidade do Brasil, impediu que eu e Nelsão Triunfo pudéssemos confraternizar e recolocar as conversas em dia, depois de um mês sem mantermos contato - período em que, conforme relatei neste blog, ele viajou pelo Nordeste e eu trabalhei bastante sobre o texto final da biografia.
Cumprindo uma promessa feita há cerca de dois meses, preparei duas grandes panelas de yakissoba na casa do Nelsão, onde também desafiamos o mau tempo e, protegidos por uma imensa lona, fizemos uma bela churrascada. Entre uma garfada e outra, a trilha sonora foi a de sempre: muito soul e funk, com destaque para James Brown, o mais imortal ícone da música negra, a quem tanto eu quanto Nelsão tivemos o privilégio de cumprimentar.
Meu encontro com James Brown ocorreu em fevereiro de 2006, em Nagoya (Japão), nove meses antes de seu falecimento. Só quem já esteve perto do 'Godfather of Soul' sabe o que isso representa.
Tive, naquela ocasião, a honra de poder beijar a mão do maior fenômeno que a música negra já teve e que, para muitos, foi o primeiro MC da história.
Mais sortudo ainda, Nelsão se encontrou com James Brown em cinco ocasiões, a primeira delas em 1978. Mr. Dynamite o chamava de "sherriff" (xerife).
Tais lembranças, em conversas deliciosamente acompanhadas de churrasco e yakissoba, foram intercaladas, é claro, por eletrizantes passos de dança.
Mesmo sob insistente chuva, Nelsão e seus filhos Jean e Andrinho fizeram performances muito divertidas, comprovando que o hip-hop de raiz está inserido em seu DNA.
Agradeço a Nelsão e família por terem me proporcionado um domingo tão agradável - sem me esquecer das presenças de Carlos Louquinho e dos colegas de basquete de Jean, que também participaram desta celebração informal.
Quanto ao livro, continuamos trabalhando em um ritmo muito produtivo e, em breve, poderemos ter boas novidades.
Paz a todos e um ótimo feriado (apesar da chuva)!
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