sexta-feira, 22 de abril de 2011

Nelson Triunfo em destaque na "Gazeta do Povo" (PR)

"O ano era 1970. Enquanto a música 'Sex Machine' arrebentava nas paradas de sucesso norte-americanas, no sertão brasileiro um magrelão de 16 anos, vidrado em zabumba, sanfona e maracatu, deixava o interior de Pernambuco para estudar e trabalhar na cidade baiana de Paulo Afonso. Lá, ouviu pela primeira vez o mestre da black music e nunca mais pensou em outra coisa. Foi o dia em que James Brown e Luiz Gonzaga se fundiram: era a semente do hip-hop nacional. O homem que a plantou – o tal magrelão já citado – ganha neste ano uma biografia e um documentário sobre sua trajetória (...)"

O trecho acima é a introdução de uma bela reportagem publicada nesta quinta-feira (21/4), no jornal paranaense "Gazeta do Povo".
Assinada pelo jornalista Danilo Almeida, a matéria aborda a trajetória do pai do hip-hop brasileiro, traz uma entrevista com o mesmo e ainda abre espaço para falar sobre a biografia e o filme que estamos preparando sobre Nelson Triunfo.
Confira, clicando nos links abaixo, a brilhante reportagem feita pelo jornalista Danilo Almeida:

1) "O dia em que James Brown e Luiz Gonzaga se fundiram no Brasil"
2) "Biografia quer perpetuar a cultura de rua"
3)"Uma trajetória que vale um longametragem"

terça-feira, 19 de abril de 2011

Nelson Triunfo: hiperativo na Virada Cultural 2011!

Foi uma semana bastante corrida, mas muito gratificante!
Na terça-feira passada (12/4), fui com Nelson Triunfo e Funk & Cia para o Rio de Janeiro, onde ministrei uma palestra sobre rap e a trupe fez um baita show no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) - conforme mencionei na postagem anterior deste blog.

Na noite de sábado (16/4), Nelson Triunfo foi o mestre de cerimônias do Palco República, da Virada Cultural.
Lá, foram realizadas apresentações de KL Jay, Edi Rock e Don Pixote, Taylor McFerrin e BNegão,
Fred Wesley and the New JB's, Toni Tornado e Dom Salvador + Abolição e Dumpstaphunk, entre outros músicos.
Algumas horas depois, já na tarde de domingo (17/4), tive a honra de organizar outro evento dentro da programação oficial da Virada Cultural: o Rap de Repente, que teve uma eliminatória da Batalha do Conhecimento apresentada por MC Marechal e um show com Zé Brown, Rapadura e Nelson Triunfo - três músicos nordestinos que misturam rap e músicas regionais.
Nem todas as pessoas devem ter compreendido o significado deste evento. Decidi reunir esses três nomes por três motivos:
• Primeiro, porque são guerreiros talentosíssimos e que contribuem muito com a cultura hip-hop, desenvolvendo um trabalho criativo, verdadeiro, honesto e positivo.
• Segundo, para mostrar que rap e repente possuem, sim, o mesmo DNA (costumo dizer que uma mesma semente foi lançada em terras diferentes, gerando o rap nos EUA, o toasting na Jamaica e o repente no Brasil).
• E a terceira motivação foi a de tentar derrubar um pouco mais o estúpido muro do preconceito contra os nordestinos, que ainda é muito forte em São Paulo (infelizmente!). Muitos paulistas arrogantes se julgam "a locomotiva" do país, mas se esquecem que ela é conduzida pelo suor de uma imensa massa de trabalhadores nordestinos, nas mais diversas ocupações. Caráter não tem raça, cor ou classe social. E em todas as raças e classes existem pessoas boas e más. Espero que isso seja um imperativo para reflexão
aos preconceituosos!

* Fotos: Heloisa Batista

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Vídeos do último show de Nelson Triunfo e Funk & Cia

Acabamos de chegar do Rio de Janeiro, onde participamos, ontem (12/4), de um dos eventos do projeto "Um outro olhar sobre ele", realizado pelo pessoal do Centro Integrado de Estudos do Movimento Hip-Hop, do município de Macaé.
Ministrei uma palestra com o tema "Resistência, Arte e Política - o rap no Brasil" e, em seguida, Nelson Triunfo e Funk & Cia deram uma aula de hip-hop, com quase todos os elementos presentes em um coletivo coeso e recheado de distintos talentos individuais.
Patrocinado pelo Banco do Brasil e Ministério da Cultura, o ciclo teve início em fevereiro e será encerrado em junho, totalizando seis edições.
O evento de ontem foi extremamente positivo, organizado por uma equipe muito competente e atenciosa.
Um público muito bonito e participativo deu o tom da festa - e tivemos ainda a ilustre presença de Dom Filó, um dos produtores culturais responsáveis pela explosão da soul music no Brasil.

Veja abaixo dois vídeos com trechos da apresentação realizada nesta terça-feira (12/4) por Nelson Triunfo e Funk & Cia, com muita música e dança:

terça-feira, 5 de abril de 2011

Alô, RJ! Falta só uma semana!

Alô, amigos e amigas do Rio de Janeiro!
No dia 12/4, estaremos no evento "Um outro olhar sobre ele - A música das periferias no centro", no Centro Cultural Banco do Brasil.
No dia, às 17h, eu terei a honra de ministrar uma palestra com o tema "Resistência, Arte e Política - o rap no Brasil".
Logo em seguida, às 19h, não perca o show de Nelson Triunfo e Funk & Cia.

Já sabe como chegar ao local? Não? Então clique AQUI para ver o mapa.
Mais informações: confira o material de divulgação (clique na imagem para ampliá-la)!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Curiosidade: os muitos apelidos de Nelson Triunfo

Quando Nelson Triunfo caminha pelos arredores do Tiquatira, na região da Penha, em São Paulo, onde reside há cerca de 25 anos, quase todos os moradores o cumprimentam.
Apesar de saber de quem se trata e de que o mesmo atende, no meio artístico, por "Nelson Triunfo", a grande maioria das pessoas o chama de "Break". Sim, é esse o apelido que Nelsão ganhou na quebrada onde mora.

Quando vai a Triunfo (Pernambuco), ele vira "Nelsinho" - mesmo do alto de seu 1,90 metro. Explica-se: filho de Seu Nelson, figura queridíssima na cidade e que está prestes a completar 101 anos de vida, Nelson Gonçalves Campos Filho convive, em sua terra natal, com o apelido de infância, quando era um mirrado menino que herdou o nome do pai.
Nelsão também já teve outros diversos apelidos, principalmente na época em que chegou a São Paulo, no final da década de 1970.
Havia quem o chamasse de "Aranha", talvez associando seu cabelão ao aspecto de uma tarântula. Na mesma época, também foi chamado de "Black Bahia", devido ao fato de ter residido na Bahia e ainda possuir forte sotaque nordestino. Uma variação deste apelido era "Black Brasília", já que, antes de fixar residência em São Paulo, Nelsão tinha vivido no Distrito Federal (Ceilândia e Sobradinho) por três anos.

Mas um dos apelidos mais célebres - e engraçados, convenhamos - que Nelson Triunfo já teve foi "Homem-Árvore". Creio que este dispense explicações...
No final da década de 1970, era assim que ele era anunciado em muitos eventos - principalmente no Rio de Janeiro, onde Tony Tornado fez o 'favor' de popularizar tal alcunha (clique nos panfletos para ampliá-los).

De qualquer forma, Break, Nelsinho, Aranha, Black Bahia, Black Brasília, Homem-Árvore e NELSON TRIUNFO são uma mesma pessoa: um mártir cultural que tornou-se um dos principais divulgadores da música negra e um dos pais do hip-hop no Brasil!

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Nelson Triunfo no "A Hora do Limão TV"

Nelson Triunfo bateu um papo com Walter Limonada na 60ª edição do "A Hora do Limão TV".
No vídeo, Nelsão fala um pouco sobre sua história e comenta assuntos como mídia, internet, os rumos do hip-hop e a importância da literatura na periferia, entre outros.

Conheça o blog A Hora do Limão e veja, abaixo, o papo com Nelson Triunfo: