terça-feira, 25 de maio de 2010

Velha Escola, pensamentos modernos...

Sou um grande defensor da essência do verdadeiro hip-hop como cultura de rua. Sou contra o rótulo banalizador que trata "hip-hop" como se fosse um mero gênero musical. E, em muitas ocasiões, sofro críticas por manter este posicionamento.
"Quadrado", "tradicional demais", "parou no tempo" e "nostálgico" são algumas coisas que ouço quando defendo o hip-hop de raiz e seus valores. Dia desses, um amigo chegou a me dizer que sou "meio xiita"...
Sou "Velha Escola", sim, pois comecei a ouvir rap em 1988. Mas não recuso a modernidade, não deixo de me atualizar e não sou avesso a ideias novas, ao contrário do que prejulgam estes que me criticam. Quando defendo os valores do hip-hop de 1980, isso não significa que sou contra as ideias surgidas em 1990, 2000 ou 2010.
Apenas defendo que uma árvore sem raiz não rende frutos. E sou, sim, muito afeito a inovações e transformações, desde que elas sejam positivas e não corrompam a história da cultura de rua.
Por meio de nossas infindáveis conversas, percebi que Nelson Triunfo tem pensamento semelhante ao meu.
Confesso que eu achava que o "pai do hip-hop brasileiro" fosse ainda mais apegado à Velha Escola. Ledo engano: Nelsão é o passado, o presente e o futuro do nosso hip-hop.

Uma boa maneira de entender o que afirmo é observar uma declaração de Nelson Triunfo que, com minha contribuição, deverá ser incluída no livro "Hip-Hop - De Dentro do Movimento", nova obra que está sendo preparada pelo grande amigo Alessandro Buzo - escritor, cineasta e apresentador de televisão.

- Questionado sobre "O que espera do futuro do hip-hop?", vejamos o que Nelsão respondeu:
"Espero que chegue a um status de respeito, de nome, de alto nível na cultura brasileira, como é hoje a Ivete Sangalo, por exemplo. E que a gente consiga sobreviver de forma sólida, que tenha independência financeira e possa gerar empregos, mas de forma unida, sem se isolar.
Espero que o hip-hop se mantenha como um movimento social, musical, educacional, politizado e transformador, também. E que as pessoas envolvidas não tenham medo de interagir com outras manifestações culturais e artísticas, ou com os esportes, por exemplo. Não podemos ter medo de diversificar, mudar, evoluir, não podemos parar no tempo.
O hip-hop tem mudado com o tempo. Os quatro elementos permanecem vivos, mas há outros elementos se relacionando com ele, criando coisas paralelas, enriquecendo ainda mais a cultura. O 'tempo bom que não volta nunca mais', como canta o Thaide, foi maravilhoso, mas hoje há outras coisas boas. Eu tinha a barba preta e hoje ela é branca, mas eu continuo sendo hip-hop desde aquela época.
Acho interessante preservarmos os valores, mas temos que assimilar concepções diferentes de se ver e produzir cultura, respeitando a diversidade. Uns trabalham mais a questão racial, outros seguem uma linha romântica, politizada, gospel ou underground, entre outras. Tudo isso junto é que dá ao hip-hop a beleza que ele tem. É até legal ter esse ar de "desorganização", porque isso é que dá total liberdade de expressão e criação. Acho que, se organizarmos demais a cultura, ela se estraga. "(...) Que eu me organizando posso desorganizar/ Que eu desorganizando posso me organizar", já dizia o Chico Science, né?"

Diante das palavras de um mestre, comentários se tornam dispensáveis.
Um só caminho...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O "rapente" de RAPadura!

Mais uma vez, abro este espaço para divulgar outro MC nordestino (que, de forma coerente, prefere ser chamado de "rapentista"):
Rapadura Xique-Chico, cearense arretado que tive o prazer de conhecer nos últimos dias e que já considero um irmão!

A formação musical e cultural de
Rapadura tem tudo a ver com Nelson Triunfo, pois o "cabra" é do hip-hop mas faz questão de exaltar os ritmos nordestinos, como baião, forró, maracatu, embolada e repente, além da literatura de cordel, entre outras manifestações artísticas brasileiríssimas.

* Reproduzo, abaixo, o trecho de uma matéria sobre Rapadura, que escrevi para o portal Central Hip-Hop/Bocada Forte:

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Rapadura: um MC com a cara do Brasil
Rapentista se prepara para mostrar sua "Fita embolada do engenho" na Turquia

Ele surpreendeu muita gente ao participar da faixa "A quem possa interessar", do poeta GOG, lançada no álbum "Aviso às gerações", de 2006. Com ideias certeiras e uma levada única, bastante veloz e de dicção perfeita, Rapadura surgiu na cena credenciado por um dos principais nomes do rap nacional.
Quatro anos depois, aos 25 de idade, segue sua própria caminhada com um estilo singular, que chama de "rapente" - uma mistura de rap com ritmos nordestinos.
Bastante criativa, a fórmula pode ser apreciada nas oito faixas de seu primeiro CD, uma mixtape intitulada "Fita embolada do engenho - Rapadura na boca do povo", lançada em fevereiro do ano passado.
Nascido no Ceará, aos oito anos Francisco Igor Almeida dos Santos já cantava baião, forró, maracatu e outros ritmos regionais, em andanças pelo sertão junto a seu pai, violonista. Mudou-se para Brasília (DF) no final de 1997, repetindo a saga de muitas famílias nordestinas. Lá, conheceu a música de Câmbio Negro e GOG, suas primeiras influências no rap, e decidiu que também queria seguir aquele caminho.

Através do grupo Provérbio X, com o qual chegou a trabalhar, Rapadura conheceu GOG e recebeu dele o convite para fazer vocal de apoio. "Graças a essa oportunidade, passei por vários Estados brasileiros, incluindo partes do Nordeste que eu ainda não conhecia", lembra ele. A parceria durou três anos e também possibilitou a participação de Rapadura no "Cartão-postal bomba", DVD ao vivo do GOG. "Aquela foi a primeira vez que meus pais me viram cantar, um dia muito emocionante para mim."

(...)

*Clique aqui para ler a matéria completa e saber mais sobre a ida de Rapadura para a Turquia

* E clique aqui para assistir a uma entrevista complementar, em vídeo, feita pelo blog Per Raps

Por enquanto é isso, Família!
Um só caminho...

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Baixe "Sangue bom", de MC Marechal

Uma das maiores surpresas do ano no rap brasileiro foi proporcionada no feriado de 1º de Maio (Dia do Trabalho), por MC Marechal.
Sem ter anunciado previamente, ele lançou, via Twitter, a música "Sangue bom" (versão 2010), um aperitivo do que vem por aí em seu primeiro CD, "Vamos voltar à realidade", previsto para ser lançado nas próximas semanas.
Com nova roupagem, produzida por Luiz Café, a canção traz uma musicalidade diferenciada, funkeada e bastante dançante, e promete se tornar um dos hits do ano.
A repercussão foi monstruosa. Disponibilizada gratuitamente em vários sites e blogs, a música ultrapassou a marca de 15.000 downloads em apenas três dias.
Coincidência ou não, o lançamento da canção neste feriado específico mostra o resultado do TRABALHO que o MC vem preparando há longo tempo e que é bastante aguardado por todos os apreciadores do verdadeiro rap: seu primeiro CD. Previsto para ter cinco músicas, o disco terá um formato inovador, apelidado por ele de "porradão de 5" - terá cinco músicas e será comercializado a apenas R$ 5. Marechal pretende lançar três "porradões de 5" neste ano.
O MC promete outras boas surpresas para este ano e, a julgar pela qualidade da canção "Sangue bom", que conta com as participações do garoto Matheuzinho e do músico Donatinho, o público pode ficar bastante otimista.

• DOWNLOAD: Clique aqui para baixar "Sangue bom" (versão 2010)

• E clique aqui para saber mais sobre a organização Um só caminho...

• Veja matéria publicada no portal Central Hip-Hop

quinta-feira, 29 de abril de 2010

DNA: Hip-Hop em família

A melhor surpresa que a biografia de Nelson Triunfo me proporcionou foi poder conhecer sua família - e ter o privilégio de também me "familiarizar" com ela. É incrível constatar que o DNA do hip-hop está presente nos herdeiros de Nelsão!

*** [Clique nas fotos para ampliá-las] ***

No rastro de meu biografado, na noite de terça-feira (27/4) acompanhei uma apresentação feita por Nelsão (e Funk & Cia) no Centro Cultural Banco do Brasil, no centro de São Paulo. Ali, pude novamente sentir a pureza de suas palavras, o sentimento presente em seus movimentos de dança e a promissora perpetuação dos valores do verdadeiro hip-hop de raiz, na figura de seus filhos Jean, 18 anos, e Andrinho, de apenas seis anos.
Além de exímio jogador de basquete, com a boa estatura herdada do pai esguio, Jean também canta rap, dança e domina o beatboxing (arte de reproduzir, com a boca, sons de instrumentos musicais). É um rapaz muito atencioso e inteligente, que me faz acreditar que o hip-hop de raiz ainda vai continuar em boas mãos por muito tempo - sob os holofotes ou não.
Andrinho é meu mais jovem ídolo! Inteligentíssimo, cativante e perspicaz, fala de igual para igual com qualquer adulto e esbanja carisma. Ama a natureza, sabe tudo sobre plantas, insetos e animais, e diz que quer ser biólogo. Conhece, de cabeça, todas as capitais do Brasil e do mundo, e arrasa no breaking, dançando com o mesmo dom herdado pelo pai. Tem muita técnica e ritmo no popping e na dança de chão, sem medo de dar giros de cabeça. É, certamente, motivo de muito orgulho para Nelsão - e sua esposa Heloísa.
Além da apresentação de Nelson Triunfo (e filhos) com seus parceiros da Funk & Cia, o evento "Radiografia Cultural - Periferia e Underground em SP", realizado no Centro Cultural Banco do Brasil, também contou com um show de Rappin' Hood - uma das figuras mais carismáticas do rap nacional. Esta foi uma oportunidade que tive para reencontrar este mano, que mantém a mesma humildade de 12 anos atrás - quando nos conhecemos e, gentilmente, ele me presenteou com seu primeiro CD, "Revolusom Parte I".
Depois das duas apresentações artísticas, Nelson Triunfo e Zulu King Nino Brown (presidente de honra da Universal Zulu Nation - Brasil) discorreram muitas ideias construtivas sobre a cultura hip-hop, em um debate mediado pelo jornalista José Arbex Jr.
Sem dúvida, foi uma noite bastante produtiva para conhecer ainda mais sobre a trajetória de Nelson Triunfo e a do hip-hop no Brasil - histórias que, inevitavelmente, se entrelaçam e contribuem uma para a outra.
Meu trabalho de biografar o "pai do hip-hop brasileiro" prossegue no ritmo certo, em direção ao rumo desejado e com perspectivas cada vez mais animadoras!
Em tempo: a cultura hip-hop está completando 35 anos de existência, desde que Afrika Bambaataa [foto] o concebeu nos guetos do Bronx (Nova York).
Ainda que alguns de seus valores venham sendo corrompidos por alguns ditos "agentes" da cultura, ou distorcidos por veículos de comunicação mal informados (ou mal intencionados), a raiz do verdadeiro hip-hop permanece viva nas pessoas e atitudes mais simples!

Um só caminho...

domingo, 25 de abril de 2010

Nelsão entrevistado pelo Jô Soares (2001)

É sempre interessante rever a entrevista concedida por Nelson Triunfo no programa do Jô Soares, em 24 de julho de 2001, junto com a Funk & Cia (MCs Joul e Billy, b.boys Danzinho e Huguinho, DJ David e Thulla).
Na ocasião, a trupe também apresentou a música "Se liga na rima", produzida por KL Jay (Racionais MCs) e lançada em seu CD solo, "KL Jay na batida - volume 3" (4P).

Só acho uma pena que Jô Soares tenha excedido no humor durante a entrevista, tratando Nelsão como uma figura "folclórica", ao invés de aproveitar para tratar de assuntos mais sérios que ele tem de sobra para falar.
Segue abaixo a entrevista, postada pelo meu maninho MC Joul no You Tube, e dividida em duas partes:


terça-feira, 13 de abril de 2010

A vantagem do olhar que vem de fora

Pedi ao excelente jornalista Danilo Almeida, meu amigo há quase 25 anos, para ler o que já escrevi da biografia e me fazer críticas e sugestões. Para minha felicidade, mesmo estando distante (Roma-Itália), ele atendeu o pedido e foi bastante criterioso e rigoroso: fez várias observações e me "puxou a orelha" para alguns vícios de linguagem e deslizes redacionais.
Este episódio me abriu os olhos para essa questão da observação crítica. Danilo me apontou falhas e fez ótimas sugestões para um texto que eu achava que estava "perfeito". Percebi, com isso, o quanto é importante que um olhar "de fora" observe coisas que, do lado de dentro, nunca fui capaz de notar. Afinal, um pai costuma ver apenas as virtudes de seu filho, e o que meu amigo fez foi exatamente o que eu pedi: apontar os defeitos.
Uma das sugestões feitas, que atendi prontamente, é com relação ao título do livro. Ainda que provisório, resolvi mudar de "Do Soul ao Hip-Hop" para "Do Sertão ao Hip-Hop", que condiz de modo mais adequado com a história de Nelson Triunfo. Afinal, ele não nasceu com o pé no soul, e sim conheceu este gênero musical na adolescência.

Outras sugestões me fizeram modificar alguns trechos do texto - para melhor, acredito. A eterna procura pelo "texto perfeito" requer exatamente isso: lapidar, lapidar, lapidar... Até chegar ao resultado mais satisfatório para diferentes olhares.
Sinto que estou no caminho certo e que jamais conseguirei chegar sozinho ao destino final (o livro pronto).
É ótimo contar com colaborações de amigos competentes.

E ainda pretendo acionar outras pessoas para que me ajudem a arredondar e aperfeiçoar esta obra, que encaro como uma MISSÃO DE VIDA.
Abaixo, brindo os leitores deste blog com uma maravilhosa foto de Nelson Triunfo e Funk & Cia no sertão nordestino, em uma das andanças da trupe por Pernambuco:
E o trabalho continua... Um só caminho...

terça-feira, 23 de março de 2010

Biografia vira notícia no Japão!

Dentro de alguns dias, deverá ser publicada em uma grande revista brasileira no Japão uma entrevista com o presente escriba.
O assunto principal será o desenvolvimento da biografia de Nelson Triunfo.
Isso mesmo! O projeto já atravessou o mundo e será noticiado a todos os mais de 260 mil compatriotas que lá vivem e trabalham!

Para mim, será uma honra poder falar algo para estes "gambateadores" (pessoas esforçadas) brasileiros, já que, no período em que trabalhei lá como jornalista (de junho de 2005 a setembro de 2008), eu me limitava a escrever sobre outras pessoas - e, devido ao profissionalismo que a profissão exige, não podia emitir minhas próprias opiniões sobre nenhum assunto.
Uma exceção foi a limitada coluna que mantive no site em português da emissora de televisão NHK - clique aqui para ler.

Entre outros assuntos, também vou falar sobre meu ingresso na organização Um Só Caminho, do MC Marechal, e os projetos ambiciosos que temos já em andamento, como a consolidação da gravadora, o lançamento do CD dele e de outros artistas e a criação da marca de roupas Muro.
É uma grande satisfação poder contar com este reconhecimento para um trabalho que ainda não está concluído, assim como é um grande estímulo para que eu prossiga com o foco na missão.
Aguardem, aqui mesmo, mais informações sobre esta reportagem!

terça-feira, 9 de março de 2010

Por que ando "sumido"?

Fui cobrado: "por que você não tem atualizado o blog com tanta frequência?"...
Entendo a preocupação deste meu raro leitor (hehe), mas, se ando meio "sumido" por aqui, é por bom motivo.
Primeiro, ando bastante ocupado com diversos trabalhos, algo muito bom para quem recentemente optou por um caminho independente, autônomo, sem patrão nem cartão de ponto para bater.
Atualmente, estou bastante empenhado em alguns trabalhos junto ao excelente MC Marechal, de Niterói (RJ), que está prestes a lançar seu primeiro CD, além da marca de roupas Muro, entre outras novidades.
Também tenho me dedicado a alguns serviços junto à Ponto 4 Digital, uma das melhores duplicadoras de mídias (CDs e DVDs) de São Paulo, além de ministrar uma oficina de rádio para adolescentes, no Sesc Pinheiros.
"Mas e a biografia do Nelsão?", vai questionar o meu raro leitor. Respondo: está caminhando muito bem. Por mais que me ocupe com outras atividades, meu maior obstáculo não é o tempo, e sim os recur$o$ necessários para prosseguir com a pesquisa. A ideia de ir ao Nordeste em maio permanece, mas o custo da viagem ainda é um empecilho.
Por outro lado, alguns contatos me sinalizam que editais de patrocínio cultural, públicos ou privados, poderão ser uma boa alternativa para a publicação do livro da maneira como eu e Nelson Triunfo o concebemos: um produto acessível, com preço simbólico - ou, se possível, gratuito.
Enquanto saio correndo para tocar meus projetos paralelos, brindo o meu raro leitor com uma belíssima e histórica foto de Nelson Triunfo e Funk & Cia, na praça da Sé, em 1978:

E, como diz Thaide, "vâmo que vâmo, que o som não pode parar"!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Hip-Hop na Liberdade (SP)

Nelson Triunfo e Funk & Cia agitaram a Praça da Liberdade, no centro de São Paulo, na última sexta-feira (19/2).
Passei por lá para conferir e registrar mais uma apresentação de Nelsão do jeito que ele mais gosta: na rua, no espaço público.
Além de Nelsão, uma apresentação muito interessante reuniu três feras brasileiras do beatbox (técnica de reproduzir, com a boca, instrumentos musicais e outros sons diversos): Thiago Beats (que acompanha o ótimo MC Slim Rimografia em seus shows), Minoro Beat Box (responsável pelo lançamento do primeiro CD brasileiro só de beatbox) e Borracha.
Mesmo sem muito ensaio, eles mostraram ter um entrosamento muito interessante, tirando rap, reggae, forró, samba, drum'n'bass e muitos outros ritmos, todos feitos com a boca.
Sempre humilde e solícito, Slim Rimografia até tentou ficar quieto, de canto, só assistindo, mas foi "intimado" por Nelsão a mandar algumas rimas de improviso. Subiu ao palco e, como sempre, representou muito bem no freestyle, esta outra face da cultura hip-hop, mostrando porque é considerado um dos melhores nesta arte.
As apresentações na Praça da Liberdade foram parte do projeto Vivências Urbanas, realizado pelo Sesc, e também contou com exibições de BMX, skate, rope skiping e Le Parkour.
O calor do evento foi tão intenso que até espantou uma chuva que ameaçou acabar com a festa mas, felizmente, não ousou cair antes das apresentações terminarem.

Parabéns Thiago Beats, Minoro Beat Box, Borracha, Slim Rimografia, Nelson Triunfo e Funk & Cia por representarem a essência do verdadeiro hip-hop!

*** (Clique nas fotos para ampliá-las)

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O Nelsão educador

Nelson Triunfo sempre deixa claro que uma de suas grandes paixões é poder ministrar oficinas de dança ou proferir palestras para crianças e jovens. Este papel de "educador social" enche de orgulho o pai do hip-hop brasileiro.
Entre centros culturais, escolas, unidades do Sesc ou eventos diversos, Nelsão já esteve nos quatro cantos do Brasil, levando seu carisma, sua experiência e sua simples (e mágica) presença, que tanto inspiram os agentes do hip-hop de hoje e do amanhã.
O vídeo abaixo traz um breve resumo de uma dessas experiências, realizada no Sesc de São Carlos (SP). E, apesar da trilha sonora usada na edição deixar a desejar em alguns momentos, vale a pena acompanhar um depoimento do próprio Nelsão, a partir de 3m50s, sobre este papel do hip-hop, de educar (ou reeducar) jovens de todas as raças e classes sociais, que se tornam iguais nas oficinas e palestras que ele ministra Brasilzão afora. Confira: