quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Uma justa homenagem ao Rei do Baião!


Abro esta postagem para prestar uma justa homenagem a Luiz Gonzaga, o Rei do Baião - que, se estivesse vivo, completaria hoje 100 anos de idade.
O que isso tem a ver com Nelson Triunfo? TUDO! O próprio pai do hip-hop brasileiro sempre se define como "um híbrido de Luiz Gonzaga e James Brown".
Muito da riquíssima cultura nordestina, ainda hoje bastante discriminada, está presente nos passos de dança, nos modos simples, no sotaque, na poesia e na universalidade de Nelson Triunfo.
Se, hoje, o hip-hop brasileiro já valoriza e bebe da fonte das culturas regionais tupiniquins, o que pode ser constatado em trabalhos como os de Zé Brown (clique AQUI) e Rapadura Xique-Chico (clique AQUI), quem começou a traçar este paralelo entre os dois universos culturais foi Nelson Triunfo - que sempre se orgulhou de sua "nordestinidade", foi o primeiro a comparar embolada e repente com o rap e nunca teve vergonha de esconder seu sotaque e suas raízes.
Um "detalhe" interessante e que pouca gente sabe: Nelson Triunfo aprendeu a tocar sanfona com seu pai, que, por sua vez, já chegou a tocar com o próprio Luiz Gonzaga no sertão pernambucano. Afinal, o Rei do Baião nasceu nos arredores de Exu, cidade bastante próxima a Triunfo.
Obrigado, mestre Luiz Gonzaga, pelo importante legado cultural deixado para o Brasil e o mundo - foram quase 50 discos gravados ao longo de sua carreira. Sua impressão digital certamente pode ser notada no hip-hop brasileiro - sobretudo, no trabalho de Nelson Triunfo.