quarta-feira, 12 de maio de 2010

O "rapente" de RAPadura!

Mais uma vez, abro este espaço para divulgar outro MC nordestino (que, de forma coerente, prefere ser chamado de "rapentista"):
Rapadura Xique-Chico, cearense arretado que tive o prazer de conhecer nos últimos dias e que já considero um irmão!

A formação musical e cultural de
Rapadura tem tudo a ver com Nelson Triunfo, pois o "cabra" é do hip-hop mas faz questão de exaltar os ritmos nordestinos, como baião, forró, maracatu, embolada e repente, além da literatura de cordel, entre outras manifestações artísticas brasileiríssimas.

* Reproduzo, abaixo, o trecho de uma matéria sobre Rapadura, que escrevi para o portal Central Hip-Hop/Bocada Forte:

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Rapadura: um MC com a cara do Brasil
Rapentista se prepara para mostrar sua "Fita embolada do engenho" na Turquia

Ele surpreendeu muita gente ao participar da faixa "A quem possa interessar", do poeta GOG, lançada no álbum "Aviso às gerações", de 2006. Com ideias certeiras e uma levada única, bastante veloz e de dicção perfeita, Rapadura surgiu na cena credenciado por um dos principais nomes do rap nacional.
Quatro anos depois, aos 25 de idade, segue sua própria caminhada com um estilo singular, que chama de "rapente" - uma mistura de rap com ritmos nordestinos.
Bastante criativa, a fórmula pode ser apreciada nas oito faixas de seu primeiro CD, uma mixtape intitulada "Fita embolada do engenho - Rapadura na boca do povo", lançada em fevereiro do ano passado.
Nascido no Ceará, aos oito anos Francisco Igor Almeida dos Santos já cantava baião, forró, maracatu e outros ritmos regionais, em andanças pelo sertão junto a seu pai, violonista. Mudou-se para Brasília (DF) no final de 1997, repetindo a saga de muitas famílias nordestinas. Lá, conheceu a música de Câmbio Negro e GOG, suas primeiras influências no rap, e decidiu que também queria seguir aquele caminho.

Através do grupo Provérbio X, com o qual chegou a trabalhar, Rapadura conheceu GOG e recebeu dele o convite para fazer vocal de apoio. "Graças a essa oportunidade, passei por vários Estados brasileiros, incluindo partes do Nordeste que eu ainda não conhecia", lembra ele. A parceria durou três anos e também possibilitou a participação de Rapadura no "Cartão-postal bomba", DVD ao vivo do GOG. "Aquela foi a primeira vez que meus pais me viram cantar, um dia muito emocionante para mim."

(...)

*Clique aqui para ler a matéria completa e saber mais sobre a ida de Rapadura para a Turquia

* E clique aqui para assistir a uma entrevista complementar, em vídeo, feita pelo blog Per Raps

Por enquanto é isso, Família!
Um só caminho...

2 comentários:

  1. Pode crer!!!

    Surge uma nova roupagem dentro do Hip Hop nacional, diante de uma certa estagnação, a cultura se reinventa, se renova...

    O discurso continua afiado como sempre, só que com um tempero mais regional e esteticamente diferente e interessante.

    Ao invés dos tênis loucos e basqueteiras nervosas, sugem os chinelos de couro, ao invés dos bonés NY, chapéus de couro ou palha, os camisões gigantes agora dão lugar as camisas quadriculadas marrom, os pesados cordões de ouro e prata, agora dividem espaço com o terço.

    Vivemos em um país laico, multi religioso,com espaços para todas as crenças, então porque não saudar também o querido “Padim Ciço” do meu grande nordeste.

    Se segurem, pois os cabras da peste estão chegado.

    Arriégua, macho!!!

    Paz!!!



    Paulo Brazil/STN!!!
    Colaborador do blog: Olha Onde a Favela Chegou.

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  2. Paraiba
    Rapadura na boca do povo
    Arriegua

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